Coisa-pássaro,
o periquito auriverde
no osso do choco afia
seu gorjeio, sua verve.
Enche-me a casa, debita
o Verdi,  Maria Rita.
Dou-lhe corda
(é um artista!),
corda de aço ou de alpista.
Tanto basta 
para que ele ponha em hasta
seu mecânico talento.
Perikitsch, meu portento!
Alexandre O'Neill in Poesias Completas
 
 
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