O mar. O jovem mar. O mar de Ulisses
E o daquele outro Ulisses que essa gente
Do Islão baptizou famosamente
o Sindbad do Mar. O mar de brisas
E ondas de Eric, o Vermelho, alto na proa,
E o daquele cavaleiro que escrevia
A epopeia e também a elegia
Da sua pátria, em pântanos de Goa.
O mar de Trafalgar. O que a Inglaterra
Foi cantando na sua longa história,
O árduo mar que ensanguentou de glória,
No diário exercício dessa guerra.
O incessante mar que numa linda
Manhã volta a sulcar a areia infinda.
Jorge Luís Borges in Obras Completas II, O Ouro dos Tigres
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