Vem, às vezes, tão limpo o pensamento
que se orvalha de timbre. E o perímetro
requinta o peso com que cresce dentro
a agradação de fruto e de sentido.
Mais que entranhável enriquecimento
o ouro é esfera densa de equilíbrio
que a antiguidade arredondou ao centro
da paciência, da paz, do olvido.
E, quase só de si surdindo fruto,
do volume alimenta o sítio estrito
que adensa de arredores, qual se o mundo
soubesse a língua de ouro em que é escrito.
E a esfera o vento alisa. E é profundo
estar tão clara a linha do infinito.
Fernando Echevarría in Antologia
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