Uma alegria a atravessar a pena,
Enquanto a pena se desaembacia
e a luz deixa a negrura, que era
tão invisível. Mas transparecia.
Uma alegria que pesa.
Sobe, difícil, pela paz. E brilha
a despedir-se do amor da orquestra
indo a um silêncio que quase ainda trilha.
Depois, quando a alegria cessa de estar sujeita
ao peso da atmosfera, sobe ainda.
E deixa a base do silêncio aberta
para a pena impregnar sua alegria.
Fernando Echevarría in Antologia
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