I
O mar. E nem palavras abolidas
para a evasão do templo e da criança
nem o sonhar de cores se lança
do cego para as rosas esculpidas.
O mar. E nestas praias esquecidas
o leste se interrompe na esperança
de receber a noite desta dança
das tuas mãos ao vento adormecidas.
O mar. E nem luares nem cantigas
no sono das fronteiras inimigas
que passam no leito desmanchado.
Porque o pássaro é rubro na manhã,
cai do campo no coração da irmã,
para morrer brinquedo inacabado.
Garibaldi Otávio in O Girassol
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