10 abril 2011

Verdade, somos iguais
temos quase a mesma idade
o sangue a esmo que escorre
a vertente dos sinais

rasgamos sombra na chuva
o corpo aberto ao jamais
luva em luva nos abrimos
cada qual com a sua chave

demasia nos visita
no som pálido das horas
o erro nu nos demora

cada um por si imita
o som branco dos demais
verdade, somos iguais.

António Franco Alexandre in Poemas

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