E só então saí das minhas trevas:
Abri as mãos como folhagens,
Intacta a luz brotava das paisagens,
Mas na doçura fantástica das coisas
As minhas mãos queimavam-se e morriam.
Dia perfeito, inteiro e luminoso,
Dia presente como a morte, luz
Trespassando os meus olhos de cegueira.
Cada voz, cada gesto, cada imagem
Na exaltação do sol se consumia.
Sophia de Mello Breyner in Antologia
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