Para Ana Cavendish
Vou construír o nosso amor com paciência,pedra sobre pedra e o cimento da ternura.
Vou navegar teus medos com minha loucura,
tirar amor do amor com métodos de ciência.
Amor de sedução, geometria pura,
sonhos em simetria, compasse e cadência,
a lucidez armando o cristal da demência
até que se ilumine a tua face obscura.
Abri a solidão e vi que era vazia
dentro de mim. Salões de um casarão antigo,
cortinas apagando a luz da fantasia.
Ouvi, então, os ecos do que vem contigo
na maldição de amar, que assim me repetia:
- não é o amor a mesma coisa que perigo?
Garibaldi Otávio in "O Girassol"
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